sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

ABERTURA (Ruy Duarte de Carvalho)

 
Silêncio mas por que e não apenas vento
até que a pedra se arredonde enfim
e a água se expanda
raiada no verde?
 
Um sono que se estenda obliquamente
entre a murada construção da idade
e as veredas ordenadas pelo passado.
 
Uma memória a ter-se
mas não aquela que o futuro impeça.
 
O sal, por toda a parte.
Então pequenos lagos se acrescentam
a partir de alguma fenda original. E são taças de mar
que dão contorno ao continente agreste.

Nenhum comentário:

Postar um comentário